O Movimento “Salve o Dendê” surgiu da necessidade de evidenciar a importância histórico-cultural que o dendê representa, em contraposição à ausência de políticas públicas de incentivo à produção, que tem sido substituída por outras culturas.
Com o objetivo de discutir com lideranças comunitárias, políticos, especialistas e produtores rurais acerca da crise da cultura do dendê no Estado da Bahia, o Movimento “Salve o Dendê” estará realizando na próxima segunda-feira (12), a partir das 14h, no Instituto de Geociências da UFBA, localizado no bairro de Ondina, o Seminário “Crise da Cultura do Dendê da Bahia”.
Na oportunidade, as representações sociais presentes no encontro, estarão formalizando uma carta que será entregue ao Governador eleito Jerônimo Rodrigues, indicando propostas e sugestões para os principais problemas que o setor de produção vem enfrentando nos últimos anos.
O Movimento “Salve o Dendê” surgiu através de uma série de observações realizadas no Baixo Sul baiano, sobre a importância histórico-cultural que o dendê representa, em contraposição à ausência de políticas públicas de incentivo à produção, que tem sido substituída por outras culturas.
Estarão participando da Mesa Redonda a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o CODETER - Eixo Dendê, a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos da Bahia (ABAM), a Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA) e o Gabinete da Deputada Estadual Maria del Carmen (PT/Bahia), além de representantes da Fábrica de azeite de dendê Graciosa, da Indústria de azeite de pilão Flor do Nilo, da CAR e da Prefeitura Municipal de Taperoá.
Vale destacar que, atualmente, o Estado da Bahia é o segundo maior produtor de dendê do Brasil, ficando atrás apenas do Estado do Pará, que tem como produção principal a espécie de dendê Tenera.
De acordo com dados recentes do IBGE, no ano de 2021, a Bahia produziu 39.411 Toneladas de cachos, com um rendimento médio de 3.018 Kg por Hectare, o que representa, de acordo com o Engenheiro Agrônomo Adailton Francisco, “produção e produtividade baixas, se observadas as condições edafoclimáticas da Região”.
Para isso, o Movimento “Salve o Dendê” vem trabalhando desde 2018, na construção de uma Identidade Geográfica para o azeite da Costa do Dendê, localizada na região do Baixo Sul, “com o objetivo de proteger e valorizar o produto e os produtores de azeite desta Região”.
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